sexta-feira, 21 de junho de 2019

O Armário

De boas entrando no trem, paro na porta pq desço em Deodoro pra ir sentada e linda. E começa a madama ao meu lado no "tsc, tsc".
Estar no trem às 6:30 da matina e não querer ser tocada é ter muita fé na humanidade. Mas enfim, seguimos viagem com a dita me olhando torto de minuto em minuto. 
Já na primeira parada, saio do trem pra dar passagem pro povo q vai mais pro fundão. E me adentra um armário daqueles de madeira de demolição, de camisetinha regada e se atarracha atrás da dondoca. Quando o ser levanta os braços pra se equilibrar, percebe-se pedacinhos de minancora decorando suas axilas e acariciando levemente o rosto da socialite. Claro q nesse momento, é praticamente impossível respirar, quanto mais se mexer no recinto, de tão cheio.
E não é q a moçoila, tão incomodada com a minha bolsa tocando ocasionalmente sua parte traseira, foi feliz e sorridente até o fim do seu caminho, com a troca de objetos q encostavam nela? Fiquei imaginando o que teria no gaveteiro do armário em questão pra ela mudar de humor tão rápido...

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