terça-feira, 18 de junho de 2019

E o terror continua

Começo a duvidar da minha sanidade.
Não satisfeita em desafiar a morte descendo o toboágua Kilimanjaro (vide post anterior) lá fui eu num tal de side winder.
Juro que dessa vez não tinha intenção nenhuma. Só ia tirar fotos do Pedro, mas ao chegar no local onde acontecia o espetáculo macabro descobri que o instrumento de tortura usado era uma bóia dupla, ou seja, tinham que ser dois a usar. E mais uma vez testei meu coração.
Imagine uma pista de skate, aquelas em formato de "U". Então a bóia desce por um lado numa velocidade alucinante e sobe o outro na mesma rapidez.
Não sou muito boa em física, mas a velocidade que o troço ia e o que restava de pista pra percorrer não estava combinando. Já me vendo pelos ares e sentindo um princípio de AVC chegando, a bóia, miraculosamente pára faltando um dedinho pro desastre total. E começa a descida novamente como um tiro. Aí vc pensa: ah, dessa vez não teve tanto impulso e não vai tão alto. Verdade, mas a desgraça da pista era mais curta do outro lado, e a sensação de quase morte voltou com força. E de novo, e de novo, e de novo. E de novo. Para me distrair eu comecei a dar nomes fofos (#SQN) ao engenheiro sádico que projetou aquilo, quando tudo terminou.
E como se não fosse suficiente, percebi um fotógrafo eternizando meu momento de terror inominável. O sofrimento não acabava.
Fiquei numa dúvida enorme se batia no Pedro por ter me arrastado para mais um instante eterno de horror absoluto, ou no fotógrafo sorridente que me estendia um cartãozinho e dizia que se eu quisesse adquirir alguma das fotos era só ir ao stand e compra -las, como se só a lembrança já não desse pesadelos.
Enfim, depois de tudo isso cheguei a conclusão que não tenho mais idade pra essas "radicalidades", mas minha saúde tá zero bala.

Nenhum comentário:

Postar um comentário