terça-feira, 9 de julho de 2019

No VLT

VLT, tbm conhecido como veículo leve sobre trilhos. Projetado para turistas, lindo, janelões, todo fofo. Agora, tenta pegar às 18h. É tipo o metrô e o trem junto, mas ao mesmo tempo. É gente pra caramba à beça.
Então eu tentei essa proeza. E empurra daqui, se ajeita dali, toma dedada no olho (fica pra sua imaginação qual olho), quando percebo uma donzela inocente e ingênua com um top sundae daqueles completos no meio da turba ensandecida. E no momento q tudo se ajeita e as portas de fecham, escuto a princesa berrar do meio do vagão: quem roubou o biscoito do meu sorvete?!?!?!

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Uma vez, na academia

Querido diário fitness,
Resumo da semana.
1° dia. A personal me pergunta qual a minha intenção ao entrar na academia. Olho pro meu corpitcho e mando: Sei lá. Pegar um bronze?
2°- Outra personal me pergunta a mesma coisa. Como a piada já se perdeu, respondo que quero perder peso, tipo 60kg. Ao que uma cidadã com a circunferência do Maracanãzinho diz: Nooossa tudo isso?!?Eu só preciso perder 30kg. Aí a ogra que existe em mim não perde a oportunidade e responde: Só no braço, né? Não vi mais a criatura depois disso na academia. Acho que a desmotivei.
3°- Começo os exercícios. E a personal que está montando meu treino pensa que sou a Gracianne do Belo. Resultado. Não consigo mexer nem o dedo do pé sem dizer ai.
Aguardemos os próximos acontecimentos. Se eu sobreviver.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

O Armário

De boas entrando no trem, paro na porta pq desço em Deodoro pra ir sentada e linda. E começa a madama ao meu lado no "tsc, tsc".
Estar no trem às 6:30 da matina e não querer ser tocada é ter muita fé na humanidade. Mas enfim, seguimos viagem com a dita me olhando torto de minuto em minuto. 
Já na primeira parada, saio do trem pra dar passagem pro povo q vai mais pro fundão. E me adentra um armário daqueles de madeira de demolição, de camisetinha regada e se atarracha atrás da dondoca. Quando o ser levanta os braços pra se equilibrar, percebe-se pedacinhos de minancora decorando suas axilas e acariciando levemente o rosto da socialite. Claro q nesse momento, é praticamente impossível respirar, quanto mais se mexer no recinto, de tão cheio.
E não é q a moçoila, tão incomodada com a minha bolsa tocando ocasionalmente sua parte traseira, foi feliz e sorridente até o fim do seu caminho, com a troca de objetos q encostavam nela? Fiquei imaginando o que teria no gaveteiro do armário em questão pra ela mudar de humor tão rápido...

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Tão, tão distante

Papo de dois caras no metrô
- Daqui vc pega o trem, né. E já tá em casa?
- Não. Pego um ônibus.
- E te deixa perto?
- Não. Tenho q pegar um moto táxi.
- Caramba! E depois?
Aí, a enxirida q existe em mim e que não consegue manter a língua dentro da boca,  manda:
Uma nave interplanetária?
Eu ainda vou apanhar...

terça-feira, 18 de junho de 2019

Meu irmão

Existem momentos na vida que só o amor entre irmãos resolve.
Minha mãe anda meio adoentada esses dias e meu irmão sempre vai visitá-la quando sai do trabalho.
Ontem, no meio da visita, o celular dele toca. Número restrito.
- Alôw
- Me ajuda pelo amor de Deus! Eles me pegaram e me machucaram muito!
A voz da dita cuja era idêntica a minha, e meu irmão sendo quem é e sabendo a irmã q tem, ficou ressabiado, mas deu corda.
- Onde vc tá? O q aconteceu?
- Amor, me ajuda!
Nesse momento, tem um barulho na ligação e a voz muda.
- Ô mermão, a gente não queremo machucá ninguém. Mas depende de vc. Faz o q a gente mandá e ninguém morre.
Meu irmão, então solicita:
- Vcs podem me fazer só um favor? Enche essa fdp de tiro, pq nem no momento mais desesperado, no seu último suspiro, minha irmã ia me chamar de amor, seu mané!

No quarto de hotel

As pérolas da minha sobrinha e do meu filho valiam um blog só pra eles. Mas selecionei as melhores pra cá.
Outra da Isabella, ainda com 4 anos.
Estávamos hospedados em um hotel. Eu, ela e Pedro num quarto só.
Ela, majestosamente deitada na cama, diz: Pedro, pega água pra mim.
Eu, como boa tia, e na falta da presença da mãe e do pai, ensino: Fada, não é assim q se fala. Vc tem q dizer: Pedro, por favor, vc pode trazer um copo de água pra mim?
Ao q ela prontamente responde: Pedro,  traz pra mim antes, pq eu pedi primeiro!

Na areia

Um outro belo dia de praia. Minha sobrinha do alto dos seus quatro anos, resolve fazer um castelo de areia. Depois de revolver tudo em volta, ir e voltar da água umas 20 vezes, enfim chega a hora de ir embora. Ao começar a catar os brinquedos, dou falta de uma pazinha. Isabella diz q enterrou. E a titia cava tudo em volta e nada.
Pergunto se ela lembra onde enterrou, e ela com toda lucidez da idade, responde: claro q lembro. Enterrei bem lá no fundo.

Na casa da vovó

Um dia Pedro Afonso, meu filho, ainda com seus cinco anos, estava na casa da avó quando passa na TV uma notícia sobre pedofilia. Ele, sempre curioso, pergunta a minha mãe o q seria isso. E ela, tenta explicar, muito ludicamente, dizendo q é quando alguém pega nas "suas coisas" sem permissão. Pedro então fala: ah, então a minha amiga da escola é.
Minha mãe, rezando pra Santa Cecília, caçando o celular já pra ligar pra polícia, o coração falhando, quando a criança conclui: É vó. Ela mexe no meu estojo, na minha mochila. Até come meu lanche sem pedir.

Botão assassino

Antes de mais nada, o q vou contar não é gordofobia. No máximo é autoflagelação.
Me adentra a fofa no trem, já em Maducity, naquele shortinho estilo, RJ dentro de Niterói. Dá aquela rebolada pra abrir espaço e pára no meio da composição. Quando ela respira fundo, o vagão dá um tranco e vem a desgraça. O pobre botão solitário e sofredor do shortinho não aguenta a pressão, voa pelos ares e acerta a testa de uma senhorinha q ressonava, inocente no banco ao meu lado. E no susto ela grita. E com o barulho do estouro do botão, foi um tal de "é tiro, é tiro" com gente tentando se jogar no chão o q num trem lotado fica meio impossível. Foram segundos tensos. Mas rapidamente o povo se acalma.
E a fofa? Foi feliz e sexy em direção a Japeri com o shortinho mostrando o umbiginho estufado.

No Hotel Fazenda

Conheço muitas fobia, mas de pato, é a primeira vez que ouço falar.
Então. A pessoa estava num hotel fazenda, onde obviamente tem patos, e nunca ia pra lugar nenhum sozinha por isso.
Estávamos, eu, meu pai e essa pessoa no parquinho, olhando a filha dela e minha sobrinha brincar, quando de repente, meu pai olha pra cima, e diz: Olha o pato voando.
A pessoa, com um desespero no olhar e um grito estrangulado em cada palavra, fala: - PQP!!! Pato, voa?!?!
Eu só acho que quando a gente tem medo de alguma coisa, temos que nos informar de toda a dinâmica dessa coisa, mas enfim, vida que segue.
Depois de conseguirmos convencê-la que o pato não era um pterodáctilo e que não a atacaria, já que somente gansos faziam isso, resolvemos dar uma voltinha. Três passos depois encontramos quatro gansos fazendo uma social. A criatura larga sapato, as calças e a alma pra trás e pula uma cerca como uma atleta medalha de ouro olímpica na corrida com obstáculos. Quando está do outro lado da cerca vários patinhos alegres vem recebê-la com carinho. Nem preciso dizer que depois dessa, a pessoa não queria nem sair do quarto, né?

Na feira

Domingo fui à feira. E meu amado e perfumado marido Leandro resolveu comprar mais um passarinho para o Pedro. Até aí nada demais. O problema foi quando o muito eficiente vendedor foi pegar a bichinha. Assim que ele tirou ela do viveiro começou o show. A passarinha saiu voando pelo meio da feira e eu atrás dela aos berros pra alguém pegar a fujona. Ou seja, fui o espetáculo do local. Todo mundo olhando pra todo lado menos pro chão, onde sabe Deus por que, a penada ia pulando alegremente. Juro que pensei que ela estava de sacanagem comigo. Quando consegui chegar perto, e pensei que ia pegar, ela me dá um drible digno do Neymar, e sai voando por cima da minha cabeça. E lá fui eu voltar tudo, super discreta como um elefante rosa, pelo meio da feira de novo. Então, quando ela finalmente cansou de me fazer de palhaça, e parou, vem uma senhora andando como se fosse a Chapeuzinho Vermelho saltitante indo pra casa da Vovó, com o pé pronto pra fazer pizza da pobre. Eu gritei avisando, mas ela já estava em cima. Aí surge o vendedor salvador e empurra a mulher em cima de uma barraca, quase causando um desastre frutífero (era uma barraca de frutas) e salva a minha passarinha.
E depois de todo esse circo, olhei bem pra dita cuja, e trouxe outra mais boazinha pra casa. Porque de doida aqui já basta eu.

E o terror continua

Começo a duvidar da minha sanidade.
Não satisfeita em desafiar a morte descendo o toboágua Kilimanjaro (vide post anterior) lá fui eu num tal de side winder.
Juro que dessa vez não tinha intenção nenhuma. Só ia tirar fotos do Pedro, mas ao chegar no local onde acontecia o espetáculo macabro descobri que o instrumento de tortura usado era uma bóia dupla, ou seja, tinham que ser dois a usar. E mais uma vez testei meu coração.
Imagine uma pista de skate, aquelas em formato de "U". Então a bóia desce por um lado numa velocidade alucinante e sobe o outro na mesma rapidez.
Não sou muito boa em física, mas a velocidade que o troço ia e o que restava de pista pra percorrer não estava combinando. Já me vendo pelos ares e sentindo um princípio de AVC chegando, a bóia, miraculosamente pára faltando um dedinho pro desastre total. E começa a descida novamente como um tiro. Aí vc pensa: ah, dessa vez não teve tanto impulso e não vai tão alto. Verdade, mas a desgraça da pista era mais curta do outro lado, e a sensação de quase morte voltou com força. E de novo, e de novo, e de novo. E de novo. Para me distrair eu comecei a dar nomes fofos (#SQN) ao engenheiro sádico que projetou aquilo, quando tudo terminou.
E como se não fosse suficiente, percebi um fotógrafo eternizando meu momento de terror inominável. O sofrimento não acabava.
Fiquei numa dúvida enorme se batia no Pedro por ter me arrastado para mais um instante eterno de horror absoluto, ou no fotógrafo sorridente que me estendia um cartãozinho e dizia que se eu quisesse adquirir alguma das fotos era só ir ao stand e compra -las, como se só a lembrança já não desse pesadelos.
Enfim, depois de tudo isso cheguei a conclusão que não tenho mais idade pra essas "radicalidades", mas minha saúde tá zero bala.

Minha descida do Kilimanjaro


Não, não o monte na África, mas o maior toboágua da América Latina.
Já começa que eu nem queria subir naquilo. Fui dar apoio moral ao Pedro e ao Eduardo e me vi envolvida em toda aquela adrenalina. Depois de andar o equivalente ao caminho de Santiago, e subir tantos degraus quanto a escadaria da Igreja da Penha, há de se convir que se tenha alguma satisfação com todo esse esforço, né? Não, não é! Meu coração ficou batendo altos papos com a minha garganta.
Ao chegar no alto daquilo tudo, e receber todas as instruções da simpática ajudante 😒, sentei na boca daquele cano imenso pensando o que realmente eu estava fazendo ali, e soltei o corpo.
Agora, analisando a sensação, acredito que deva ser aquilo que se sente antes de morrer. Era uma mistura de horror absoluto, com a nítida impressão de ver Jesus estendendo a mão. E isso tudo de olhos bem fechados, por que por nada desse mundo eu ia abri-los.
E a descida começou. Vou tentar descrever. Vc desce, desce, desce, desce e não acaba nunca. E o seu estômago se recusa a se manter no lugar e na temperatura ambiente. Dizer que senti um frio na barriga, é eufemismo. Eu estava sentindo que aquele iceberg que afundou o Titanic tinha se instalado lá. E a descida continuava. Isso sem falar que o maiô todo comportado, orgulho de vovó, foi parar na nuca. E a descida continuava.
Quando eu já tinha desistido de parar de descer e já estava tentando lembrar as poucas palavras que eu conhecia em japonês, senti um movimento suave e deduzi que a descida tinha acabado. Mas foi só uma dedução, por que eu não ia abrir os olhos pra ter certeza. Mas a velocidade se mantinha, então achei que tinha me enganado. Aí, de repente, o chão some das minhas costas e me vejo afundada na água.
Imagine a cena de uma pessoa como eu tentando levantar, mas sem noção nenhuma de como enviar esse comando do cérebro para um par de gelatina que eu um dia chamei de pernas, ao mesmo tempo tentando desenfiar o maiô de onde ele tinha se enfiado sem minha permissão, e tirando o cabelo da boca, nariz, orelha, etc, etc. E ainda de olhos fechados.
Ok, aí eu abri os olhos e ficou um pouco mais fácil coordenar os movimentos.
Saí da água, olhei em volta e com a mais absoluta certeza vinda do âmago do meu ser eu pensei:
 Kilimanjaro, NUNCA MAIS!!!

Na neve

10 coisas q se deve saber antes de encarar meia hora de neve:

1- Não usar saltos. Aquele bagulho, parece fofinho, mas não é. E é cada virada de pé, q vc vê a neve no chão de pertinho mesmo.

2- Pra ter neve, tem q tá frio. Muito frio. -15°. E não, não é confortável. Use calcinhas ou cuecas térmicas.

3- Ninguém consegue ficar elegante vestindo casacão e galocha. Fica todo mundo igual ao Hagrid do Harry Potter.

4- Luvas grossas e alcochoadas só servem pra vc perder a mão dentro delas. Se eu não tivesse marido, talvez tivesse ficado feliz com meus dedos tão duros. Aquilo não esquenta!

5- Neve é gelada. E não é engraçado quando ela escorre pela sua nuca pra dentro do seu casaco. Certifique-se q o cinto da calça esteja bem apertado quando isso ocorrer. Senão, lamento onde essa neve pode chegar...

6-  Neve derrete. E sempre em cima da sua bota linda e cara. De vez em quando dentro dela tbm.

7- O frio é maravilhoso. Até q a coriza começa a escorrer e congelar na ponta do nariz formando umas estalactites fofas.

8- Nunca, mas nunca mesmo sente num banco coberto de neve. A dormência na região sentante será eterna.

9- Não beije o boneco de neve, a não ser q tenha um secador portátil pra soltar os lábios depois.

10- Olhos pretos significa mistério. Orelhas pretas é hipotermia.

Mas ó, criança adora.


Menino alegre

Estou eu no trem, como sempre, lotado, quando uma criatura, que pra ser feia ia ter que melhorar muito, reclama: " Dá pra vc parar de se esfregar em mim?"
Ao que o rapaz responde: " Olha só mon amour, esse instrumento aqui, não é, e nunca será usado para esse fim. Que foi? Sou muito homossexual merrrmo, tá?
E esse foi mais um dia na supervia.

Pole dance?

Como faço sempre desde q descobri o parador, desço do trem em Deodoro e vou belíssima sentadinha e confortável até a Central.
Bem, hoje, estou em lá concentrada no meu livro, e percebo uma senhora, com uma certa exuberância de quadril rebolando discretamente na minha frente, segurando naquele ferro q fica nas laterais dos bancos.
Mas o " discretamente" durou dois minutos.
A criatura começou a se empolgar com a música q rolava no fone de ouvido e subia e descia no ritmo caliente. E jogava cabelo pra lá e bunda pra cá.
E quando chegou a sua estação e ela desceu, ficou a pergunta:
Consumiu crack ou extasy?

segunda-feira, 17 de junho de 2019

No metrô

Estou no metrô quando me adentra um ser que mergulhou numa piscina de perfume. Depois de duas estações, o recinto completamente tomado pelo "aroma", surge uma voz das profundezas do vagão lotado: - Alguém peida, pelo amor de Deus!!!

No consultório do dentista

E vc tá na sala de espera de um consultório e a pessoa não pára de te encarar. E vc começa a imaginar que tá suja, rasgada, fedendo. E a criatura continua te encarando. E vc tenta lembrar se limpou a cara depois de comer, se o cabelo tá em pé. E vc se xinga q esqueceu o espelho em casa. Aí lembra q tem banheiro e vai lá e não acha nada. E volta e a pessoa tá te olhando. Então quando vc já tá pelas tampas, levanta, coloca as mãos na cintura, naquela pose modo barraqueira, a pessoa levanta também e a recepcionista a ajuda a entrar. E vc quer ir embora correndo pq descobre q a pobre é cega e não estava te encarando coisa nenhuma.

Na praia

Dia de praia, dia de diversão e dia de tombos.
O primeiro não foi bem um tombo.
Uma senhora estava na beira da água, sentada na areia, aproveitando as ondas. De repente vem uma onda mais forte e a pobre cai pra trás com as pernas pro ar. Então vai uma outra pessoa tentar levantar a quase afogada. A pessoa levantava de um lado e a "véia" caía pro outro. E levanta pelos braços e caía todo mundo. E as ondas não paravam. Teve uma hora que a dita senhora ficou na mesma posição que Napoleão quando perdeu a guerra, e posso garantir que não foi uma visão bonita. O mais legal eram as gargalhadas que as duas davam. Era contagiante. E finalmente, quando eu já estava ligando pra um guindaste solicitando ajuda, conseguiram levantar a criatura. Mas precisaram de mais uns dois pra conseguir a proeza.
O segundo, claro, eu fui a protagonista.
Pedro me pede pra ir um pouco na água, e como a maré estava puxando muito, fui com ele, já dizendo que íamos ficar na beirinha.
Ele, então, foi feliz em direção as ondas e eu fiquei um pouco atrás.
Lembra daquela onda forte que jogou a dona pra trás? Ela tinha uma irmã gêmea má, muito má. E que tomava anabolizantes.
A praga veio com força, jogou o Pedro no chão e veio na minha direção, trazendo ele.
Não deu tempo nem de respirar, quanto mais sair do caminho. Fui "bandada" com tanta rapidez que por um momento acreditei que podia voar. Me vi pelos ares, e logo depois foi aquela barrigada (do tipo que se cai de barriga, e não no outro sentido) cinematográfica na água. Também não foi uma cena bonita.
Isso sem dizer, o problema de não saber se vc está indo ou vindo, saindo ou entrando mais na água. E tateando tentando achar a criança, pra onda não levar de volta.
Entrou areia em lugares que eu nem sabia que existia a possibilidade de entrar.
Quando saí da água tive a sensação que iria me ver em algum programa de video cassetada.
Conclusão do dia: praia é bom, mas tem que equilibrar.

O tinhoso aparece quando menos se espera

E tô eu na fila da peixaria,  de boas, já pensando no almoço da Sexta Santa e nos gorós q irei tomar, quando, me brota do asfalto um moreno, cabelo meio grisalho, olhos verde mar, um palmo mais alto, atrás de mim na fila. E o ser fica me olhando. De repente fala (bonito daquele jeito nem precisava dessas especificidades, mas enfim): seu nome não é Fabiana?
Eu, espantada: sim. Como vc sabe?
E o ser, com um sorriso enviesado, daqueles, como diria mamãe, "de cair as calcinhas" responde: Não lembra de mim?
Eu disse q não, e a vontade era completar: mas queria muito lembrar.
E a criatura manda: ah, deixa quieto, então.
A curiosidade queima, e queimar lembra inferno. E eu sendo uma mulher casada e feliz e sabendo q o capeta se apresenta de diversas formas, me virei pro caixa, paguei pelos peixes, e fui embora rezando o Pai Nosso e as dez Ave Marias q o padre mandou rezar ontem e eu tinha esquecido. Viu, papai do céu? Passei no teste. Foi mal o esquecimento. Mas, ó, na próxima, pega leve, pq moreno de olho verde é brabo.

No Shopping

Conselho: quando sua sobrinha falar com vc, escute!
Estava eu descendo a escada rolante do shopping de Nova Iguaçu,  falando ao celular, quando minha sobrinha começou a falar alguma coisa e não dei atenção.
Eu estava linda, num vestido longo e esvoaçante. Não me atentei ao fato, agora tão óbvio,  que vestidos esvoaçantes e escadas rolantes não combinavam. No final da escada, a pobre menina, no auge do desespero, depois de tentar me avisar um monte de vezes, grita: tia, seu vestido tá preso na escada!!!
Senti ao mesmo tempo, um frio na espinha, uma dor do coração e terror inominável. A cena de eu, em trajes mínimos no meio do shopping, não me preocupava tanto, mas não conseguia lembrar se os trajes mínimos estavam ou não furados.
Enquanto me debatia nessa dúvida, me surgiu a idéia de correr e puxar a saia, pensando; - "Antes somente a bunda, q o corpo todo exposto à apreciação pública."
Mas como Deus é misericordioso, o vestido saiu todo. Com algumas manchas e rasgos, porém a minha dignidade ficou intacta.
Então fica a dica meninas. Se forem andar de escadas rolantes com saias ou vestidos longos, usem calcinhas bonitas.
#blogdafad

Me convenceram

Então.
Depois de muito me negar, finalmente me rendi e aí está.
Tudo começou num dia qualquer, numa viagem para o trabalho.  Um texto despretensioso postado no facebook, alguns leitores afáveis, e eis que um texto puxou outro onde histórias interessantes num cotidiano normal, foram fazendo sucesso.
Vou colocar aqui os contos antigos e a partir de hoje, serão postados somente aqui.
Obrigada pela motivação.
Espero q gostem.
Bjs meus